sábado, 7 de maio de 2011

Triângulo Histórico de São Paulo

É chamado de triângulo histórico o caminho das três principais ruas, Rua São Bento, 15 de novembro e Direita.

Rua Direita

Apesar do nome, a Rua Direita tem algumas curvas e quebradas, mas antigamente em São Paulo era a mais reta perto de tantas vielas e ruas tortas do centro antigo. Entre o começo do século 19, a Rua Direita sempre deu lugar às mais refinadas casas e lojas que eram o marco dourado da juventude da época.

Atualmente, a rua mantém sua tradição de lojas e comércio que sempre teve, não tão importante como já foi, mas ainda sim é uma passagem obrigatória para qualquer pessoa que for a um passeio pelo centro de São Paulo.

Rua 15 de novembro

Rua se chamava Rua do Rosário por causa da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos que ficava no Largo do Rosário, a atual Praça Antônio Prado, na outra extremidade da rua. Lá se concentravam diversas pessoas ligadas a Nossa Senhora do Rosário, devido à existência dessa igreja,

Nessa época, segundo estudos de Nestor Goulart Reis Filho, a rua também servia de principal acesso ao porto geral que não existe mais devido a canalização do rio Tamanduateí, que hoje passa em baixo da atual rua 25 de Março.

Na metade do século 19, a rua já se consolidava como principal artéria econômica do triângulo histórico. Com tanto desenvolvimento comercial nas imediações, a Igreja do Rosário, que só atraia pessoas mais pobres e descendentes de escravos, acabou sendo demolida, porém foi reconstruída no Largo do Payssandú, e continua lá até hoje.

Entre os anos da Republica até a década de 40, São Paulo viveu a “belle epóque” e foi considerada a capital econômica e cidade mais desenvolvida do Brasil. Seu desenvolvimento refletiu tanto no triângulo histórico (principalmente na Rua 15 de Novembro) que hoje é tomada por bancos e gigantescos arranha-céus. É nesta época que o maravilhoso edifício do Banespa é levantado, conhecido pelos paulistanos como “Banespão”.

São Bento

Se a Rua Direita era a veia do comércio, a Rua 15 de novembro a veia financeira, pode-se dizer que a Rua São Bento é a veia histórica e religiosa do triângulo.

Essa foi fundada pelos jesuítas, a fim de educar e catequizar os índios. O principal índio foi o cacique Tibiriçá, que ajudou na construção da Igreja e foi a sua tribo a primeira a se converter ao catolicismo da companhia de Jesus. A sua tribo se localizava aonde hoje é o Largo São Bento, sendo fundada, também uma rua que fazia o caminho do Largo até intermédios da Rua Direita, e mesmo não tendo nenhum registro oficial, foi batizada de Rua Martin Afonso Tibiriçá em homenagem ao nome convertido do cacique.

Em 1827 é inaugurada a faculdade de direito em São Paulo, a primeira do Brasil. Essa rua começou a ser bastante movimentada, e por exigência dos novos estudantes cafés, bares, livrarias e diversos novos comércios acabaram sendo construída nas ruas próximas a faculdade.

Até o final do século 19, a cidade cresceria bastante e viveria a “belle epoque” do começo do século. Na década de 30, a rua também é palco de outra construção que marcou época em São Paulo, o prédio Martinelli, na época o maior edifício da América Latina.

Atualmente é muito bom dar um passeio do começo ao fim dessa rua, e ver que os principais edifícios, que fizeram história na rua, ainda estão por lá, devidamente reformados.



Nenhum comentário:

Postar um comentário